O governo prepara um projeto de lei que prevê a manutenção da atual regra de reajuste do salário mínimo - inflação do período mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos atrás até 2014. O projeto foi discutido hoje na reunião de coordenação do governo, no Palácio do Planalto, e será debatido novamente amanhã, numa reunião do ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, e os líderes da base aliada na Câmara e no Senado.
Luiz Sérgio afirmou que o governo continua trabalhando com a proposta de reajuste do mínimo, neste ano, para R$ 545. As centrais sindicais reivindicam um aumento para R$ 580. Na última sexta-feira, acabou em impasse a reunião entre os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, com representantes das centrais em São Paulo.
- As centrais sindicais sempre fizeram questão de assegurar que a política de valorização do salário mínimo, no modelo atual, foi acertada - disse Luiz Sérgio.
A política enviada anteriormente ao Congresso pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva previa a adoção do mecanismo atual até 2023, com uma revisão em 2011.
- Quando discutimos com as centrais e estabelecemos a meta até 2023, elas quiseram uma revisão em 2011 - afirmou o ministro.
Luiz Sérgio disse que a reunião de coordenação limitou a discussão ao salário mínimo. Ele afirmou que os cortes no orçamento não foram debatidos.
- O Orçamento que será sancionado terá de ter um choque de realidade. Precisamos ser cautelosos no que diz respeito aos gastos. Ele afirmou que o governo está otimista com a aprovação da política atual do salário mínimo. Para ele, a nomeação para os cargos de segundo escalão não está vinculada à aprovação do salário mínimo.
Além da presidente Dilma Rousseff, do vice-presidente Michel Temer e do próprio Luiz Sérgio, participou da reunião os ministros da Casa Civil, Antonio Palocci. Mas pelo jeito o salário vai ficar mesmo nos atuais R$ 545,00 um pouco distante dos salários dos congressistas.
Fonte: Portal Católico
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