O grupo percorre as ruas animado por tambor, marcação, ganzás, porca e pandeiro, enquanto as mulheres reproduzem o ritmo nos pés, calçados com tamancos responsáveis pela propagação do som. Apesar de completo, o grupo sentiu a ausência de um dos membros mais curiosos e cobiçados: Pedro Miguel, de apenas cinco anos, neto de dona Josefa, que se tornou um dos mais eficientes marcadores do Pisa Pólvora de Estância. “Não deu para ele vir, mas ele toca marcação como ninguém”, gaba-se dona Josefa.
Pisa Pólvora de Estância. Foto: Filippe Araujo |
Há 20 anos, dona Josefa leva o Pisa Pólvora para as ruas de Laranjeiras durante o Encontro Cultural. Apesar do entusiasmo, ela teme que a tradição acabe. “Meus filhos nem querem saber e só sai porque eu compro os tamancos e faço tudo”, lamenta. “O principal fator para se manter a tradição é o patrocínio, coisa que eu não tenho”, confessa.
Fonte: Infonet
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