No final da década de 1960, o mundo passava por diversas transformações e apesar dos comentários sobre as viagens espaciais, muitos duvidavam que o homem chegasse até a Lua. Aqui no nosso Sergipe se falava mais na inauguração do “Batistão” e muitos observando a possibilidade de ver a Seleção Brasileira se tornar tricampeã mundial no ano seguinte no México, era o assunto dominante nos bares e esquinas.
Mesmo com tantos fatos acontecendo ao mesmo tempo, pois, o Brasil vivia dias agitados, era o regime militar com toda sua imponência agredindo a democracia, no ano anterior, 13 de dezembro de 1968, era publicado o Ato Institucional Nº 5. Poucas vezes na história da humanidade uma viagem interplanetária chamou tanto a atenção das pessoas. Era um evento diferente, havia um sentimento de orgulho pela capacidade humana e uma sensação de que algumas coisas poderiam realmente mudar o mundo porque o homem ia para a Lua, coisa inacreditável.
Em todas as partes, desde os grandes centros até as mais remotas regiões do planeta, bilhões de pessoas não desgrudavam, por um só segundo, os olhos dos aparelhos de televisão ou escutando pelo rádio, foi o que ocorreu em Estância, pois, televisão por aqui não existia. Muitos não acreditavam que em breve todos seriam testemunhas da História e veriam com os próprios olhos uma das maiores conquistas espaciais realizadas pelo ser humano: a conquista da Lua pelo homem.
Nenhum outro Homem havia realizado tal proeza. Apenas seis outros astronautas chegaram tão perto do nosso satélite. Em dezembro de 1968 Frank Borman, James Lovell e William Anders haviam orbitado a Lua a bordo da Apollo 8. Depois foi a vez de Tom Stafford, John Young e Eugene Cernan testarem o módulo lunar em maio de 1969. Agora era a vez da Apollo 11 com os astronautas (foto): o piloto de testes Neil Armstrong, o piloto da força aérea Edwin 'Buzz' Aldrin e o piloto de combate Michael Collins pisar no solo lunar.
Apesar dos noticiários da época, muitos não acreditaram ou ainda não acreditam na proeza dos americanos. Gastaram muitos dólares e se pergunta: valeu tanta despesa? 40 anos depois muitos ainda não entenderam quais os benefícios para a humanidade que foi a conquista da Lua. Eu mesmo prefiro ficar daqui de baixo contemplando sua beleza em noites de Lua cheia.