Dom Marco Eugênio G L de Almeida |
Como já é do conhecimento de todos no último dia 25 de setembro, a Nunciatura Apostólica no Brasil comunicou que o papa Francisco realizou a transferência de dom Marco Eugênio Galrão Leite de Almeida, bispo de Estância (SE), como novo auxiliar da arquidiocese de São Salvador (BA). Na ocasião, foi nomeado dom Giovanni Crippa, que também é bispo auxiliar de Salvador, como administrador apostólico da vacante Diocese de Estância. Diante desta decisão a Diocese de Estância mesmo sem ter um pastor, mas ficará com um administrador apostólico que é um Bispo e, portanto os diocesanos não “ficaram como ovelhas sem pastor”. Pois a função de um administrador apostólico tem a mesma autoridade do Bispo titular de uma Diocese.
Na diocese de Estância, Dom Marco Eugênio foi um pastor que certamente agradou a muitos, principalmente pelas suas homilias simples, mas bastante rica em conhecimento teológico, mostrando as verdades sobre o Reino do Céu. Um religioso bastante zeloso que sempre esteve atento ao cumprimento das normas canônicas no território de sua Diocese. Diante disso mostrou sempre que a Igreja de Jesus Cristo não é uma instituição qualquer e que por isso fazer parte dela não é simplesmente brincar de “ser” Igreja. Por outro lado desagradou parte do clero e também leigos que acreditam que a Igreja é um agrupamento de pessoas que serve para promoção particular ou uma instituição sem compromisso espiritual e muito menos com a prática e os ensinamentos de Jesus Cristo.
Com a notícia de que Dom Marco Eugênio foi transferido muitos católicos ficaram apreensivos, pois, uma Diocese vacante é como um rebanho sem pastor. Por outro lado teve também católicos que vibraram com a tal decisão. Segundo comentários teve algumas paróquias que chegaram a colocar faixas manifestando alegria com a notícia. Entretanto, o mais absurdo é que segundo comentários, a colocação de algumas faixas foram patrocinadas por alguns padres. Caso seja verdade este fato é uma situação bastante preocupante. Pois é inadmissível um padre tomar uma decisão tão mesquinha contra uma autoridade máxima de uma Diocese, é um péssimo exemplo para os leigos. Rogo aos céus que um caso desses seja simplesmente uma monstruosa mentira ou fofoca.
Mas para que todos entendam, vejamos a importância de um Bispo a frente de uma Diocese. Os bispos são os sucessores dos apóstolos, pois, os apóstolos morreram, mas a Igreja de Jesus continuou. Os apóstolos transmitiram a outros, seus sucessores, sua missão de governar o povo de Deus, pois, este deverá continuar até o fim do mundo. Observem o que está escrito no livro de Atos 20,28: “Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos para pastorear a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o seu próprio sangue”. Acredito que aqui está explicito a importância de um bispo na Diocese. Portanto não se pode faltar com respeito ao Bispo diante de suas funções ministeriais, entretanto como um ser humano também tem suas falhas e por isso poderá errar.
Finalmente só resta aos católicos da Diocese de Estância aguardar o novo administrador e ter a sensibilidade de que a Igreja de Jesus Cristo é algo bastante sério. Pois a Igreja é o povo de Deus em marcha para a casa do Pai e que tem como líder o Papa e os bispos sendo seus representantes nas Dioceses. Recentemente o Papa Francisco disse: “não sejamos cristãos de vitrine”. Igreja não é lugar de “se aparecer”. Igreja é lugar de ordem, celebrar os Sacramentos e proclamar a Palavra de Deus. Pois, a mesma é mistério, comunhão e missão. Jamais “casa de mãe joana”.
Sò ignorou os motivos da transferência
ResponderExcluir