A FESTA JUNINA DE ESTÂNCIA É ASSIM!!!
No mês de junho comemoramos
Santo Antônio e São João
E também festejamos
São Pedro com devoção!
Tem barco de fogo
Busca-pés e espadas
Comidas e bebidas típicas
Danças, forró e batucadas!
Além de ruas enfeitadas
Tem alegria contagiante
Que envolve os estancianos
Em noites aconchegantes!
E Viva a São João!!!

Pensamento:
"A lâmpada que você leva na mão para iluminar o caminho de alguem ilumina primeiro você mesmo e o seu caminho".
"O maior perigo, diante de tanta violência no mundo atual, é que nos façamos insensíveis (Oscar Romero).
"Vale mais operar o bem para quem está perto do que queimar incenso à distãncia" (Provérbio chinês).

A serviço da informação estanciana.

domingo, 30 de março de 2014

CINQÜENTA ANOS DO GOLPE MILITAR DE 64

 Em Estância o regime ditatorial que se instalou no Brasil a partir de março de 1964, fez suas vítimas e também assustou muita gente. Pessoas importantes e também simples foram presas injustamente.

No próximo dia 31 do mês em curso está completando cinqüenta anos do golpe militar ocorrido em 1964 que de início parecia que vinha para melhorar a situação do Brasil que andava meio tumultuada, mas que depois se tornou um terror para muitos brasileiros. Com o golpe derrubaram o governo de João Goulart e como se tem conhecimento acarretou profundas modificações na organização política do país, bem como na vida econômica e social. Todos os cinco presidentes militares que se sucederam desde então declararam-se herdeiros e continuadores da Revolução de 1964. Aqui em Estância prenderam o prefeito da época e algumas pessoas ligadas ao Sindicato Rural também foram parar na prisão no quartel do 28º BC em Aracaju.

Em Sergipe o prisioneiro mais famoso foi o governador Seixas Dória (existiram outros), por ser possuidor de um grande talendo para discursar, por isso tinha participado do famoso comício de 13 de março na Central do Brasil no Rio de Janeiro, no dia 2 de abril também foi preso. Seixas foi levado para Salvador e da prisão baiana enviou carta ao recem empossado presidente Castello Branco, desafiando o mesmo para indicar qual foi o crime que tinha craticado. Não obteve resposta, mas um militar graduado lhe ofereceu a possibilidade de retornar ao governo de Sergipe, caso ele assinasse um manifesto em apoio ao novo regime. Como ele recusou em assinar o tal manifesto foi enviado para prisão de Fernando de Noronha com o amigo Miguel Arraes.       

Aqui eu lembro de meu saudoso pai que tinha um amigo que se dizia comunista e possui um rádio da marca “RCA Victor” que media aproximadamente 30x60cm, que escutava sempre um programa intulado “A Voz de Moscou”. O programa radiofônico naquela época só valorizava o comunismo e com isso meu pai andava assustado porque pensava que caso o amigo fosse preso, ele também poderia ser também acusado de ser um comunista,  imagina! Durante aqueles dias, comunista era inimigo número um do novo regime. O medo procedia tendo em vista que algumas pessoas foram presas em Estância que pertenciam ao círculo de amizade do Pe. Almeida.

A verdade que em nossa cidade com o passar dos dias o medo foi se instalando e um fato interessante aconteceu no dias que se seguiram ao golpe militar. Em um dia de domingo, estando Pe. Almeida celebrando a missa das 19 horas Catedral de Estância, no momento da homilia começou a criticar o novo regime. Só que na Prefeitura onde estavam alojados os militares, o comandante na janela escutava o sermão pelo som externo da Igreja. Alguns fiéis com medo, achando que os militares iriam invadir a Igreja e prender o celebrante e os que se encontravam no recinto, saíram antes do final da missa assustados. Esse gesto de alguns católicos estancianos é a prova de que por aqui a ditadura também fez medo a muita gente logo após 31 de março. Já em 1971 comentaram que Carlos Lamarca passaria por Estância e muita gente ficou assustada. Só que dias depois ele foi morto pelas “forças de segurança”.

Atualmente eu observo que tem muita gente falando em democracia e condena as arbitrariedades cometidas durante o regime ditatorial. Fazem seminários e vai para a imprensa fazer comentários condenando os ditadores e ainda dizem que no Brasil não se vive uma democracia plena. Entretanto, muitos deles vivem a elogiar a ditadura de Fidel Castro e são filiados ao Partido que mantém um Governo que está gastando 957 milhões de dólares na construção de um Porto em Cuba e trouxe médicos cubanos para trabalhar no Brasil em regime de escravidão, burlando as nossas leis trabalhistas, tão defendidas pelos sindicalistas. Segundo um líder sindical: é muita falácia! Ou melhor: farisaísmo legítimo!  

A verdade que ditadura jamais! Viva a Democracia!  

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